quinta-feira, 26 de maio de 2011

O LUGAR


Um Lugar Qualquer, Sofia Coppola, 2010.

Primeiro filme exibido no retorno às atividades do Cine São Luís em 2011, eu não poderia, sob nenhuma desculpa, perder este que já me parecia um filme impossível, de tanto adiado pelos meus olhos. E finalmente consigo. Hoje, último dia de exibição depois de 3 semanas, cumpri este voto de honra e fui brindado com mais uma grande experiência dentre as descobertas que tenho provado neste mesmo período (pelo visto, ano sem precedentes para mim).

O novo filme de Sofia Coppola, confirmando minha predileção pelo Festival de Veneza (onde ele foi premiado), parece talhado milimetricamente para os meus sentidos. Nas estradas desérticas que abrem e fecham a jornada interior do protagonista (exaustivamente relacionadas aos queridos cinemas de Van Sant e Vincent Gallo), nos tempos mortos e esmagadores da melancolia, no espaço sempre tão caro à diretora ao que guardamos na memória do eterno Antonioni, em tudo Um Lugar Qualquer me foi pessoalmente destinado. E eu recebo. Entrego-me ao ver.

Passado algum tempo, novamente urge-me o Verbo. E eu gerryzo. Enfrento o mundo sofrido por Coppola, na alegria de (é imperativo registrar) passar por isso dentro de um cinema como o São Luís. Templo. Onde nós, cinéfilos de Recife, aguardamos pela eternidade.

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