


É quase um respiro.
O fluir de um tempo que condensa o mover da relva.
Quando os dois amigos se reencontram após 20 anos e decidem adentrar pelas florestas até chegar a uma fonte térmica natural eles dão o lugar de personagem ao mundo. É quando o olhar cinemático se torna verde. Quando o tempo filmado torna-se o tempo vegetativo, o tempo das folhas.
Old Joy (Kelly Reichardt, 2006) insere-se num grupo de filmes muito particulares dessa década, inquestionavelmente devedores deste meu querido olhar gerryzante do mundo, aliados a este ultrapassar do tempo possibilitado pelo contato homem/natureza, pelo fundir do corpo-homem ao corpo-mundo, onde o fôlego de vida torna a ser uno, como de volta ao ser divino.
É o que me torna um.
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Que o viver me prolongue em dor.
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