Como fiz no ano passado, agrupei tudo numa só lista, sem me importar com ano de lançamento ou situação em que foram assistidos. São pura e simplesmente os melhores filmes que descobri durante 2010, um ano que, num balanço geral, não foi dos mais importantes para minha cinefilia, mas que soube deixar suas marcas. Como o propósito de toda lista, espero que os amigos aproveitem algumas dicas e vivam seus próprios gozos.
Aproveitando o encerramento do ano, deixo meu obrigado a todos que continuam acompanhando O ÂNGULO EM MIM, apesar da diminuição no ritmo de atualizações... Foi um ano corrido, mas apesar de saber que 2011 promete ser ainda pior (digo, melhor) pretendo muito retornar uma atenção mais especial a este cantinho querido. 2011 que nos aguarde!
1º Moisés e Arão + Uma Visita ao Louvre (Jean-Marie Straub & Danièle Huillet, França/Alemanha/Itália, 1975/2004)


Epifanias que de tão intensas machucam os olhos.
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2º O Mundo Vivente (Eugène Green, França/Bélgica, 2003)

É preciso sonhar com o impossível.
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3º Edvard Münch (Peter Watkins, Suécia/Noruega, 1974)

É preciso saber acordar depois de um sonho.
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4º O Segredo Atrás da Porta (Fritz Lang, EUA, 1948)

Porque a coragem de se enxergar é uma dádiva.
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5º Esculturas de Sofu - Vida (Hiroshi Teshigahara, Japão, 1963)

Não há arte maior que o mundo.
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6º A Última Sessão de Cinema (Peter Bogdanovich, EUA, 1971)

Tornar-se adulto é render-se ao nostálgico.
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7º Paris nos Pertence (Jacques Rivette, França, 1961)

E fazer um filme é vencer uma guerra.
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8º A Última Gargalhada (F. W. Murnau, Alemanha, 1924)

Há risos que doem.
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9º Chamas que Não se Apagam (Douglas Sirk, EUA, 1956)

Há lágrimas que amam.
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10º Lola Montès (Max Öphuls, França, 1955)

Porque além do vermelho não há cor.
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11º Um Filme Para Nick (Wim Wenders, Alemanha/Suécia, 1980)

Porque além do vermelho não há fôlego.
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12º A Viagem do Balão Vermelho (Hou Hsiao-Hsien, França/China, 2007)

Porque além do vermelho não há sentido para uma imagem.
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13º Lábios Sem Beijos (Humberto Mauro, Brasil, 1930)

E capturar uma imagem é questão de pele.
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14º Mercado Humano (Anthony Mann, EUA, 1949)

Não se pode trapacear o medo.
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15º Por Uns Dólares a Mais (Sergio Leone, EUA, 1965)

Porque o deserto ainda me chama.
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16º A Hora do Lobo (Ingmar Bergman, Suécia, 1968)

Concretizando os pesadelos perdidos.
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17º A Um Passo da Liberdade (Jacques Becker, França, 1960)

Libertando os últimos medos escondidos.
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18º Maridos e Esposas (Woody Allen, EUA, 1992)

Não há mundo maior que um close.
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19º Pai (István Szabó, Hungria, 1966)

Da memória de um trauma, nasce o amor.
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20º Fuga Para Odessa (James Gray, EUA, 1994)

Porque é preciso continuar olhando.
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Menção Honrosa: Avenida Brasília Formosa (Gabriel Mascaro, Brasil, 2010)

Para encontrar imagens que me emancipem.