No romance A Cidade Sitiada, a narradora clariceana observa o interior de um quarto através de uma fechadura. Ela afirma que as coisas vistas “desapareceriam se a porta se abrisse”...
A observação de um mundo.
O aparecimento.
Como seria deparar-se com as coisas lidas sem o contato com a palavra?
Como enxergaríamos a realidade filmada sem o intermédio da imagem?
Como seria olhar para o universo de uma criação artística sem a materialidade da obra?
Nós vivemos.
E sob essas hipóteses apenas viveríamos as coisas.
Eu prefiro que elas apareçam.
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