sábado, 5 de março de 2011

A LEMBRANÇA DA PELE


Cisne Negro, Darren Aronofsky, 2010.

Meu muito obrigado ao amigo Ranieri Brandão por ter escrito para o Filmologia sobre aquilo que tem sido minha bênção/maldição de 2011: Cisne Negro. Primeiramente, recomendo a todos que LEIAM O TEXTO AQUI, uma crítica, diferente de qualquer coisa que eu poderia dizer...

Engraçado como as palavras mudam. Mas como no fundo elas nunca deixam de ser as mesmas. Ter sido tomado, corporalmente, pelo novo filme do Aronofsky, fez-me lembrar de dias mais antigos que este blog viveu. É só navegar pelos links, deixar o passado permanecer. E vejo aquele blog-diário, tão cheio de intimidades, carinhos e dramas, sempre tão fiéis aos filmes, claro. Dias em que eu não me escondia pelas palavras.

Cisne Negro, sob tantos aspectos, colocou-me diante de mim e calou-me. Impedido de externar, de chorar mais, de arriscar qualquer impressão em dias que já não pareço ser eu mesmo, em que eu fujo. E redescubro estar nesta confissão minha única saída.

Eu preciso parar mais. Eu preciso precisar de mais dores como as causadas por Cisne Negro em mim. E não importar-me com o mundo. Concentrar-me na pele. Pois é nela que o filme vive depois que as luzes se acendem, que as conversas retornam e voltamos a fingir.

É na pele que eu me lembro.

Um comentário:

  1. muito bom o texto e eu concordo muito com ele. aliás, tirou as palavras da minha boca...

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