segunda-feira, 4 de julho de 2011

MILDRED PIERCE



Voltamos com mais uma edição de Filme em foco. Nela, trazemos algumas questões particularmente curiosas, que provavelmente norteiam a quebra de uma certa sequência imposta pelo nome desta seção do Filmologia: o que é que faz de um filme, um filme? É somente este tipo de expressão o que acaba por nos abarcar em sua intensidade legalizada de sentimentos? Um filme é aquela obra concebida para ser exibida apenas numa sala de cinema, espaço milagroso, mas delimitado? “Filme” é uma palavra adequada aos “filmes”? Depois da sugestão de Rodrigo Almeida para empreendermos um olhar curioso sobre essa deslumbrante obra de Todd Haynes produzida para a HBO, ficamos entrelaçados ao poderoso e reorganizado curto-circuito do mais puro melodrama, e ainda, da mais pura encenação dramática, algo que eventualmente sentimos falta de evidência no cinema norte-americano talvez desde Douglas Sirk. Não se trata de uma forma apropriada de se “fazer televisão”, mas de (re)constituir o poder de uma obra que, para além de qualquer formato, é de extrema profusão de sentimentos que extrapolam as composições de seus expressivos quadros e luzes, mas que nascem, entretanto, aí. O que é um filme? É o que nos convulsiona, pois, e essa é apenas uma das bilhões de respostas possíveis a essa questão. Se é que tais respostas precisem existir de fato.


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