quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

TOP FILMES 2009

Consequentemente, 2009 também foi um ano de poucos filmes (213), mas não poucas epifanias. A insatisfação diante da necessidade de muitos tops cinematográficos (melhores lançamentos, melhores Dissenso, simplesmente melhores) leva-me a formar uma lista única para todo meu ano. Muitos já comentados por aqui, vários na espera de posts futuros, todos profundamente indicados aos que acompanham esse cantinho e me aturam com tanto carinho e paciência, deixo-os junto com a gratidão e o sincero desejo de que 2010 seja ainda mais lindo, abençoado e claro, muito cinematográfico!

1º Passage d’um Tunnel (irmãos Lumière, França, 1898)

Para aprender a não ter medo do escuro.
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2º A Palavra (Carl Th. Dreyer, Dinamarca, 1955)

Uma experiência com Deus.
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3º As Harmonias de Werckmeister (Béla Tarr, Hungria, 2000)

Uma experiência comigo.
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4º Almas Perversas (Fritz Lang, EUA, 1945)

Uma experiência com o inferno.
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5º Mãe e Filho (Alexander Sokurov, Rússia/Alemanha, 1997)

Antes do pai: breve oratório fúnebre.
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6º Eu Não Quero Dormir Sozinho + Adeus Dragon Inn (Tsai Ming Liang, Taiwan, 2006 + 2003)
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Para rever no dia de minha morte.
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7º Delírio de Loucura + Paixão de Bravo (Nicholas Ray, EUA, 1956 + 1952)
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Para não ter pressa de morrer.
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8º O Estado das Coisas (Wim Wenders, Alemanha/Portugal/EUA, 1982)

A vida não pede nada a não ser a sobrevivência da idéia.
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9º Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino, EUA/Alemanha, 2009)

É muito bom ter cérebro.
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10º Balsa (Marcelo Pedroso, Brasil, 2009)

Uma resposta ao cinema [orgulho pátrio].
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11º Ako (Hiroshi Teshigahara, Japão, 1965)

Juventude é coisa de sangue...
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12º Outubro (Sergei M. Eisenstein, União Soviética, 1928)

Mas sangue também coagula.
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13º No Silêncio das Trevas (Robert Siodmak, EUA, 1945)

Nem só de Hitchcock viverá o suspense.
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14º A Professora de Piano (Michael Häneke, Alemanha/Polônia/França/Áustria, 2001)

Um soco no estômago...
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15º Minha Mãe (Christophe Honoré, França/Portugal/Áustria/Espanha, 2004)

Um chute no saco...
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16º Twentynine Palms (Bruno Dumont, França/EUA/Alemanha, 2003)

A dor de continuar vivo.
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17º O Tesouro de Sierra Madre (John Huston, EUA, 1948)

O homem é seu pior inimigo.
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18º Amador (Krzysztof Kieslowski, Polônia, 1979)

O medo de me olhar no espelho.
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19º A Mulher sem Cabeça (Lucrecia Martel, Argentina/França/Itália/Espanha, 2008)

Quando o não visto cega a alma.
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20º Tudo que o Céu Permite (Douglas Sirk, EUA, 1955)

É preciso ser fiel a si mesmo.
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21º Foi Apenas um Sonho (Sam Mendes, EUA/Inglaterra, 2008)

A melhor lágrima, a pior noite de sono.
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22º As Amigas (Michelangelo Antonioni, Itália, 1955)

Falar demais é o mesmo que calar-se, amar demais é o mesmo que estar só.
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23º Precauções Diante de uma Puta Santa (Rainer W. Fassbinder, Alemanha, 1971)

A virgindade roubada pela violência da criação.
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24º O Outro Homem (Carol Reed, Inglaterra, 1953)

O amor ofertado pelo corpo em prostituição.
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25º O Atalante (Jean Vigo, França, 1934)

A realidade é o maior sintoma da loucura.
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Menção Honrosa: Gran Torino (Clint Eastwood, EUA/Alemanha, 2008)

Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

Um comentário:

  1. Q lista, hein, Nando!? Dos q vi, concordo com todos, menos com o do Sam Mendes, q acho fraquinho... Não sei pq, mas sou meio cismado com o Kieslowski. Tenho q ver "Amador". Gosto muito, dele, da trilogia das cores (acho o "Azul" e o "Vermelho" meio pedantes... o "Branco" acho ótimo - antigamente era o contrário) e do eterno "Decálogo", q preciso rever. Engraçada a escolha do primeiro lugar. Vou correr atrás desse dos Lumière.

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