sexta-feira, 5 de junho de 2009

TOP CINEMA 2008


1º LUGAR: PAI E FILHO (ALEXANDER SOKUROV, 2003)
O troféu vai para um dos mais belos filmes de toda a década (tão vendo? 5 anos de atraso...). A melhor coisa que eu experimentei do diretor (enfim ele conseguiu imprimir calor nas imagens), com muita sensibilidade, sensualidade e vida. Lembranças de Fassbinder e Kieslowski, esse filme russo foi a mais agradável experiência que tive no ano dentro de um cinema, capaz mesmo de me fazer esquecer o desconforto do Teatro Apolo, com aquelas cadeiras que deixam minha bunda quadrada e minha coluna em farrapos...

2º LUGAR: JOGO DE CENA (EDUARDO COUTINHO, 2006)
Com esse filme Coutinho conseguiu (mais uma vez) não só entrar para a história do cinema nacional, mas do cinema em geral. Inigualável. Inovação do documentário com um vigor humano invejável e raro de se encontrar.

3º LUGAR: SENHORES DO CRIME (DAVID CRONENBERG, 2007)
Sem dúvida nenhum outro filme esse ano me instigou a escrever tanto! Assunto de disciplina no mestrado, de pesquisa para o Ciclo do Imaginário, as tatuagens presentes nele mexeram comigo com uma intensidade que ainda não morreu. Brilhante ‘outro lado da moeda’ do filme anterior do Cronenberg (Marcas da Violência, meu favorito dele), essa obra é daquelas que me corroem por tamanha precisão narrativa. Sem excessos nem faltas. Um exemplo de cinema clássico pra ninguém botar defeito.

4º LUGAR: PARANOID PARK (GUS VAN SANT, 2007)
Já aqui um exemplo de cinema alternativo pra ninguém botar defeito. Van Sant prossegue se afirmando como um dos maiores realizadores dessa década, ousado, sensível, capaz de fazer da imagem um lugar para sensações, para os sentidos. Importante lembrar que enfim a juventude contemporânea encontrou alguém para testificá-la através do olhar artístico. Obrigatório.

5º LUGAR: ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA (FERNANDO MEIRELLES, 2008)
O único que eu assisti quando já escrevia no blog (ou seja, o primeiro semestre foi melhor que o segundo), por isso não tenho muito a acrescentar. No aguardo de uma revisão para refletir melhor e me arriscar a comentários mais profundos.

MENÇÃO HONROSA: EM PARIS (CHRISTOPHE HONORÉ, 2006)

Ah, esse merece um destaque especial! Infelizmente eu ainda não tinha meu blog quando tive o prazer de vê-lo, senão acho que teria dedicado um bocado de posts pra ele. Com certeza esse filme foi uma das maiores alegrias que tive no ano! Saí da sessão com vontade de pular e cantar que nem Gene Kelly, nem aí pros outros... Uma vontade de ser francês, uma vontade de ser jovem, uma vontade de viver deliciosa com esse filme. Ah, baixei ele por aqui esse fim de semana, então outro dia trago mais dele com um prazer renovado.

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