sexta-feira, 5 de junho de 2009

UM SINAL POÉTICO



Ontem, ao levantar da cama sem conseguir me desfazer da preguiça noturna, fui literalmente guiado até minha estante de livros, pois sabia que precisava encher meus olhos de letras para poder acordar. Ao invés de agarrar um dos incontáveis livros para minha pesquisa, fui agarrado por um pequeno livro chamado A Rua do Padre Inglês.

E com alguns versos amanheci.

Com muita satisfação aproveito para propagar o novo espaço virtual de Everardo Norões: Retábulo de Jerônimo Bosch. Isso mesmo, carrega o nome de seu novo livro, aquele ao qual me debrucei em outubro passado e compartilhei bastante por aqui (delicioso reler posts antigos).

Curiosamente, pareço seguir por caminhos contrários, pois quando seu blog era homônimo ao livro anterior eu me dedicava ao livro novo, e agora que eu inicio o livro antigo... Bem, não importa. O fato é que meu domingo comprovou a existência do sinal que ele mencionara acreditar...

Em seus versos, mais uma vez, a exata descrição do que eu preciso sentir:

/.../
Alguma coisa me arrepia a espinha
como dentes de um roedor
acariciando o lugar de nossas nucas
onde rebentam as primeiras sementes de chuva...
/.../
Porque tudo dói
na solidão desta Casa,
onde seqüestro meu corpo
e me abismo de Tuas alturas.
(As Réstias do Muxarabiê, Everardo Norões)

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