sexta-feira, 5 de junho de 2009

UM AUTOR EM TORMENTA


Noites de Tormenta, George C. Wolfe, 2008.

Foi há 8 anos atrás. Eu entrava num dos meus queridos sebos próximo ao colégio (provavelmente fugindo de alguma aula chata de educação física) e encontrava pela primeira vez um livro de Nicholas Sparks: Uma Carta de Amor. O mesmo do filme (Luis Mandoki, 1999), com o Kevin Costner e a Robin Wright Penn na capa (lindos!). E a culpa foi mesmo da capa. Comprei sem pestanejar. Ainda bem...

Carrego essa boa lembrança comigo até hoje, acompanhada da descoberta de um dos autores mais românticos que já pude ler. Chego mesmo a citar esse livro como tendo causado o mesmo efeito em mim que Romeu e Julieta... Depois disso foi a vez de O Caderno de Noah, Best seller avassalador nos EUA que foi filmado como O Diário de Uma Paixão (Nick Cassavetes, 2004). Ah, Nicholas virou meu fetiche!!! Tanto os livros (ambos superiores) como os filmes mexeram muito comigo, e nunca encontrei alguém que não tenha chorado num deles... Ah, Um Amor Para Recordar (Adam Shankman, 2002) também é baseado em Nicholas, e apesar da extrema simplicidade também não recusa um lenço molhado no final...

Bem, até que li O Milagre... E percebi que como todos, Nicholas não é perfeito... O amontoado de situações forçadas para criar romance me soou tão absurdo que a decepção foi maior do que eu poderia esperar... Mas tudo bem, ainda poderia lhe dar uma chance!

Enfim chegamos ao assunto do post (nossa, vou tentar ser breve): Noites de Tormenta... Não preciso nem dizer a necessidade que senti de vê-lo quando soube que estava pra estrear. Eu tinha certeza que ao menos uma lágrima ele me garantiria. Outra adaptação de Nicholas, atores bons e bonitos nos papéis principais, um cartaz de cair o queixo... Bem, não tive acesso ao livro ainda, mas quanto ao filme... O cartaz é bem melhor...

Na verdade, tudo está no cartaz! Um homem que conhece uma mulher, um lugar lindo, um clima envolvente e ponto, acabou... Claro, toda história de amor é assim, por isso o risco de se cair na mediocridade é tão grande. Nicholas conseguia fazer melhor... Acho muito boa uma comparação que vi na net quando o filme saiu: Nicholas Sparks está para história de amor como Stephen King (puxa, nunca falei dele por aqui! Nem parece que sou fã nº1...) está para o terror, com a diferença que o último sempre consegue se reinventar, mesmo usando as mesmas fórmulas.

Não adianta, quem assistiu os outros 2 filmes baseados em Nicholas (nem falo dos livros, pois sempre é mais fácil ter visto o filme) não precisa nem esperar algo diferente (me refiro à trama). Acontece a mesma coisa no fim de Noites de Tormenta. Só não digo com todas as letras pra não ficar com a consciência pesada... Mas o problema não está no final! Está em tudo! É incrível como conseguiram esquematizar tudo tão artificialmente, reduzir os personagens a estereótipos que podem ser definidos em menos de 1 minuto, para que em 5 minutos de filme o casal já tenha se encontrado, a situação já esteja perfeita para o clima, os dramas aflorem catarticamente, aahhhh, haja paciência!!!

E no final a lágrima nem veio... Já a Diane Lane... Coitada, exploraram descaradamente suas esforçadas lágrimas...

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