sexta-feira, 5 de junho de 2009

SANTO ENTUSIASMO


O Martírio de Joana D'Arc, Carl T. Dreyer, 1928.

Essa semana, comentando o filme de Dreyer com a amiga Michele (alguém que parece com um brilho especial nos olhos compreender e sentir o entusiasmo que me toma quando falo de um filme), exclamei:

- Sinto que meu computador tornou-se um altar quando ele exibiu O Martírio de Joana D’Arc.
Senti isso desde o início. No exato momento em que contemplava aquelas sagradas imagens. Mas acabei não escrevendo isso por aqui pois achei que soaria idólatra demais. Redimo meu erro. Realmente estive diante de um altar.

Ao perceber esse entusiasmo em mim, a professora e amiga Maria do Carmo lembrou:

- Sabia que na palavra entusiasmo tem theo, significando o divino? Estar entusiasmado é estar pleno deste sentimento de Deus...

Pois passeando pela net comprovei: A palavra entusiasmo vem do grego, a partir da junção de duas palavras en e theos. Traduzida literalmente significa "em Deus".

!!!!!!!!!!

Difícil continuar a escrever diante de uma revelação que alcança o espiritual.

Entendendo e confirmando o pressuposto de que ao estar em arte me é possibilitado o estar em Deus, relembro as palavras de Max Lucado em Ele Escolheu os Cravos:

“Não há língua que Ele não fale. O que nos leva a uma maravilhosa questão. Em que linguagem Ele está falando com você? Não me refiro a um idioma ou dialeto, mas ao seu cotidiano. Como já é sabido, Deus fala. Ele fala conosco em qualquer língua que entendamos.”

Qualquer língua ou linguagem. Pois é, não preciso nem lembrar que a imagem em movimento do cinema é uma linguagem...

A ordem lógica sublimada.

A voz divina em meus ouvidos, sua luz em meus olhos quando da exibição de uma obra como Joana D’Arc.

Santa reflexão.

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