sexta-feira, 5 de junho de 2009

MORALIDADES


A Última Noite de Boris Grushenko (Life and Dead), Woody Allen, 1975.

SONJA (Diane Keaton): Digamos que Deus não exista. O homem é livre para fazer o que quiser. Então, o que lhe impede de matar alguém?
BORIS (Woody Allen): Matar é imoral!
SONJA: A moralidade é subjetiva.
BORIS: Sim, mas subjetividade é objetiva.
SONJA: Não é em nenhum esquema racional de percepção.
BORIS: A percepção é irracional. Sugere iminência.
SONJA: Mas julgando qualquer sistema ou a relação a priori de fenômenos é uma contradição racional ou metafísica ou ao menos epistemológica a um conceito abstrato empírico como sendo ou para ser, ou para ocorrer em ou da própria coisa.
BORIS: Eu disse isso muitas vezes.
SONJA: Boris, temos de acreditar em Deus.
(diálogo extraído do filme "A Última Noite de Boris Grushenko")
É claro que o palavrório de Sonja é para fazer rir (acontece inúmeras vezes durante o filme e pra mim esse foi o mais engraçado que já vi de Allen). Não é incrível como esse mesmo diálogo também poderia estar presente em Crimes e Pecados ou O Sonho de Cassandra??

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